“Transformação digital” é um dos termos de busca na internet com uma curva de crescimento ascendente. Segundo o Google Trends, o termo teve aumento de procura de mais de 150% no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período em 2019.
Vale lembrar que transformação digital não é um termo novo e já é abertamente debatido há anos. Porém, esse termo ganha destaque nas buscas em 2020 principalmente em decorrência do momento pelo qual todos nós estamos passando.
Pois é, a pandemia global COVID-19 criou um novo momento: sobrevivência inteiramente conectada à essa transformação.
Neste artigo trago um pouco da visão sobre a relação entre o consumidor 4.0 e as empresas que procuram se reinventar utilizando a tecnologia.
Ao mesmo tempo em que a evolução tecnológica impulsiona a transformação digital da sociedade, transforma também a maneira como o consumidor se relaciona com as empresas. Hoje ele é muito mais criterioso e exigente em seu comportamento de consumo.
O consumidor 4.0 é o espelho que as empresas precisam refletir suas estratégias. Para entender esse consumidor, é preciso saber que ele dominou as tecnologias digitais e derrubou as barreiras mentais que o impediam de aderir a novas soluções mais ágeis, econômicas e práticas.
Com a atual pandemia, essa mudança do comportamento do consumidor está sendo vista como sem precedentes. Uma vez que há a real necessidade de adquirir produtos de consumo essenciais, como alimentos e itens de cuidados pessoais, através de soluções digitais.
Esses setores tiveram impactos gigantes. Os consumidores se adaptaram a esse momento e as compras online tiveram um aumento significativo. Segundo a pesquisa realizada em maio pela Mckinsey & Company no Brasil, mais de 40% dos usuários relatam que pretendem continuar a fazer compras online mesmo após COVID-19, e 35% destes pretendem diminuir as visitas às lojas físicas ao final do período de confinamento.
Esse consumidor também tem novas necessidades e demandas: 25% se tornaram infiéis a uma marca e procuraram experimentar o concorrente, e 30 a 40% conheceram novas marcas nesse período.
Não é à toa, uma das preocupações atuais das grandes marcas reside no fortalecimento ou desenvolvimento da comunicação e satisfação dos clientes. Tudo isso para propiciar uma experiência contínua que fomente a fidelidade.
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, a relação do aspecto de consumo e transformação digital tem um impacto significativo não somente financeiro, mas também cultural, em vários setores do mercado brasileiro. Contudo, as empresas resilientes são as que têm maior chance de sobreviver e crescer, mesmo com toda a incerteza do mercado atual.
Na pesquisa, vemos também que o mapeamento de dados trouxe informações de para onde empresas resilientes estão direcionando os seus esforços para se manterem vivas.
Essa relação é chamada de 3Rs. Confira abaixo os tópicos abordados nessa “regra de 3”:
Responder: garantir medidas apropriadas de resposta à crise e continuidade da operação;
Retornar: gerenciar o período de crise e endereçar oportunidades para uma retomada mais saudável e rentável;
Reimaginar: como será o “novo normal” e definir implicações sobre como a empresa deveria reinventar e desenhar a estratégia e operação.
Essa mudança de comportamento coloca como pilar central da sobrevivência econômica de recorrência a estratégia de adaptação das empresas para uma transição acelerada de processos e métodos utilizando a tecnologia como forma de manter os negócios em funcionamento.
A mentalidade além da crise é um dos fatores que mais chamam atenção nesse report. Empresas que adotam medidas para proteger a inovação e investimentos críticos a longo prazo se estabelecem para criar um cenário dentro de incertezas do momento. Ao entenderem que é necessário moldar proativamente as soluções de contenção e táticas, conseguem expandir seus negócios para áreas adjacentes ou de grande crescimento.
A transformação digital acaba sendo o centro para que as empresas criem estratégias de sobrevivência e engajamento ao mesmo tempo. O digital onipresente eleva a necessidade de estar em sintonia com o momento, procurando entender e se adaptar ao consumidor 4.0.
E a sua empresa, está pronta para esse momento?