Quer saber se o seu projeto irá solucionar a necessidade dos usuários e como será aceito no segmento de atuação da sua empresa? O MVP é a melhor forma de construção de novas soluções e produtos digitais, pois oferece aprendizado rápido, testagem logo no início do desenvolvimento e validação de viabilidade de negócio.
Então, neste post vamos te explicar o que é um MVP, como esse tipo de modelo se integra às necessidades e tendências do mercado atual e porque um MVP é tão importante no desenvolvimento de qualquer tipo de projeto.
Vamos lá? Boa leitura!
Um dos maiores desafios ao iniciar um projeto é garantir que a execução e a entrega estejam alinhadas com o que foi proposto no momento de concepção.
Principalmente quando falamos em grandes equipes, etapas de produção mais longas e mudanças no meio do caminho, as metodologias ágeis, quando corretamente aplicadas, garantem um bom gerenciamento de projeto, uma construção eficiente e um alinhamento entre fornecedor e cliente durante todo o trabalho, seja qual for o tipo de produto digital desenvolvido.
Nesse contexto surgiram metodologias como Scrum, Lean e Kanban. Elas definem começos, fins e processos de forma assertiva e com ciclos curtos de desenvolvimento, mesmo que o projeto dure muitos meses.
Esse é o principal diferencial das metodologias ágeis em oposição à modelos mais tradicionais: o foco está nas entregas bem definidas e na melhoria contínua de cada uma dessas etapas. Assim, se torna possível também identificar erros e corrigi-los de forma muito mais rápida e pontual. Por se mostrarem eficientes nos pontos citados é que as metodologias ágeis ganharam rapidamente espaço no desenvolvimento de produtos digitais.
MVP é a sigla em inglês para Minimum Viable Product --- ou, em português, Produto Minimamente Viável. O MVP é a menor e mais simples versão de uma ideia, até mesmo quando falamos em produtos digitais bastante robustos. Entretanto, não estamos falando sobre entrega de partes soltas, mas sim versões completas, com funcionalidades simplificadas já prontas para testes.
O MVP permite gerar feedback rapidamente entre o time de desenvolvimento e a empresa contratante. Assim, identificar pontos de melhoria, mudanças e até mesmo novas possibilidades que podem ampliar o sucesso da solução é muito mais fácil de acontecer.
Além disso, é utilizado tanto por desenvolvedores quanto por designers. No UX Design, que tem como foco a experiência do usuário, a fidelização e o engajamento, o MVP possibilita testar e validar ideias e hipóteses quanto a telas, aparência, navegabilidade e interação do usuário com o produto digital numa primeira versão já funcional.
O MVP valida também as informações coletadas pelas equipes de design e desenvolvimento na fase de discovery sobre o mercado, projeto, produto e público-alvo. Dessa forma, é possível verificar se a solução atende as necessidades que quem a utiliza e quais melhorias precisam ser feitas para que seja bem sucedida.
Por ser entregue e aperfeiçoado em ciclos curtos, o MVP caminhado lado a lado com as metodologias ágeis, que defendem que, ao invés de dedicarmos tempo e outros recursos no desenvolvimento de uma solução completa, sem testes, é melhor dividi-la em pequenas partes funcionais para, pouco a pouco, avançar até sua versão ideal.
Ok, mas quais são os benefícios para o projeto e para a sua empresa ao trabalhar com um MVP? Ao abandonar abordagens mais tradicionais, no caso, desenvolver um produto do zero por completo e lançá-lo no mercado sem nenhuma validação, surgem ganhos como:
Desenvolver produtos digitais é um trabalho complexo e inovativo. Esperar que um produto tenha o mesmo caminho linear do começo ao fim, sem testes, desvios e ajustes necessários é ingênuo. Ainda mais quando estamos falando de tecnologia, um mercado cada vez mais exigente por parte dos usuários e competitivo.
Com aplicação de MVP, as empresas têm em mãos, logo no início do desenvolvimento, uma versão pronta para testes e podem aplicá-los para saber se ele está de acordo com as necessidades de quem de fato irá utilizar o produto.
Exemplos de empresas que desenvolvem projetos e produtos digitais com fases e entregas em MVP não faltam. E essa é a principal evidência de como o mercado de ponta já adotou essa solução para o desenvolvimento de produtos digitais.
O Spotify, hoje o maior player de músicas do mundo, não começou com a versão que conhecemos hoje. A empresa iniciou em 2006 com a ideia e foi desenvolvendo MVPs para tornar possível o stream de músicas. Mas, ao invés de passar anos desenvolvendo o produto perfeito e correr o risco de perder timing, desenvolveram uma primeira versão apta para teste e foram, ao longo do tempo, fazendo melhorias de estabilidade, velocidade e design focado no usuário até chegarem a uma versão pronta para o lançamento no mercado.
A Uber, hoje líder de mercado em mobilidade urbana, também surgiu com a construção em MVP. Ainda em 2010, a empresa lançou uma versão-teste do aplicativo, chamada "UberCab", apenas para os fundadores e seus círculos sociais. O objetivo era testar as funcionalidades que vemos hoje no aplicativo final que utilizamos, como rastreamento em tempo real, pagamento automático, preço estimado antes da confirmação da viagem e possibilidade de dividir os custos com outro passageiro.
Mesmo empresas como Toyota e Tesla desenvolvem protótipos de modelos 3D de seus carros em tamanhos reais, versões muito mais simplificadas e utilizando muito menos recurso, mas que ainda assim possibilitam aprendizado e validação de hipóteses, antes de desenvolver os novos modelos.
Para o desenvolvimento de um MVP você precisa ter em mente que a primeira versão precisa ser uma representação muito simplificada do produto final, utilizando o mínimo de recursos para atingir o objetivo a que ele se propõe.
Não queremos funcionalidades ou partes soltas. Então, defina os critérios para uma primeira versão aceitável e desenvolva. Lembrando que o objetivo aqui é conseguir a forma mais rápida e barata de começar a aprender, a validar as hipóteses do momento de ideia e concepção do projeto.
Com o MVP pronto, passe para a fase de teste com usuários. O feedback deve ser avaliado para que a próxima versão aproveite esse conhecimento prático, reconheça erros e ajuste o que não atende.
A partir daí, parte-se para a melhoria da versão anterior, resultando em mais uma versão com entrega em ciclo curto. A próxima é sempre uma entrega levando em conta o que foi aprendido na prototipagem e oferecendo alguma melhoria. E assim o projeto se desenrola em ciclos até chegar ao produto final.
MVP é muito teste e muita correção. E isso é ótimo!
Trabalhar com o desenvolvimento completo de um produto digital para só depois contar com a entrega em sua totalidade traz riscos muito maiores de falhas ou de não-conformidade com o que foi projetado inicialmente - um problema que empresa nenhuma quer.
Imagine investir tempo, dinheiro e equipe para chegar a um produto que não atende as necessidades dos usuários, ter que começar do zero, ou, ainda pior, ter que abrir mão do projeto pois os recursos disponíveis já foram todos utilizados.
Por isso o MVP é a melhor forma de aprender rápido e fazer as mudanças necessárias ao longo do percurso ao invés de apenas seguir com o plano inicial e se decepcionar na entrega final.
Em todos os produtos digitais desenvolvidos aqui na ateliware são realizados testes e validações. Depois da leitura deste post nós não precisamos nem explicar porque não abrimos mão disso, certo?
Esse tipo de entrega confere agilidade e possibilita testar o produto na prática durante o desenvolvimento. Além disso, trabalhamos com escopo aberto, com flexibilidade para o entendimento das necessidades no decorrer do projeto.
Desde a primeira fase, de análise e descoberta, no processo de discovery já iniciamos com MVPs e testes com usuários nos workshops de produto. E esse fluxo é contínuo, com foco no aprendizado e solução rápida, até a entrega do produto digital.
Um exemplo de projeto desenvolvido assim dentro de casa foi o Pipefy. Um dos pontos que realmente fez diferença no sucesso da plataforma de gestão de processos foi o rápido desenvolvimento de uma primeira versão extremamente funcional e bem resolvida do produto, com foco em liberar o quanto antes uma versão funcional. Em três meses o Pipefy já estava funcionando e tinha três empresas como clientes. Isso possibilitou a aceleração do Pipefy no Vale do Silício, o que transformou o produto em negócio.
Você pode conferir outros cases de clientes que investiram no desenvolvimento em MVP com excelentes resultados. E, se quiser conversar sobre as possibilidades para impulsionar o seu negócio através de soluções digitais, entre em contato.