Atualizado em 08/04/2022.
Não é mais novidade que o mundo passou por uma transformação digital acelerada em todos os setores por conta da pandemia da covid-19. Mas dá para esperar que tudo volte ao “normal” durante 2022 e nos anos que virão a seguir? É uma resposta difícil, contudo as empresas estão se movimentando e investindo em tecnologias para garantir a sustentabilidade de seus negócios.
O mundo digital oferece redução de custos operacionais, aumento na escala de vendas e expansão territorial, mas você tem que ter uma equipe estruturada e utilizar ferramentas assertivas para entregar os pilares essenciais da transformação digital: valor agregado, segurança e experiência.
Segundo o estudo global da KPMG, 61% dos mais de 500 CEOs entrevistados de 11 países afirmam que seguem investindo em ferramentas digitais para oferecer uma experiência a seus clientes. Além disso, 52% priorizam medidas de segurança de dados, 50% focam em tecnologias centradas no consumidor e 49% direcionam seus recursos a comunicações digitais, como videoconferências e trocas de mensagens.
Para suprir essa demanda, cada vez mais são necessários profissionais qualificados do segmento. Há cerca de três anos, o número de vagas abertas no setor de TI era de 100 mil. Hoje são cerca de 200 mil oportunidades, e a expectativa é de que esse número chegue até 300 mil em 2024. Atualmente, somos o maior mercado de tecnologia da América Latina, e a área de TI se expandiu 5,5% em 2020, faturando US$ 344,68 milhões, de acordo com o IDC (International Data Corporation). Esse montante representa cerca de 3% do PIB brasileiro.
Para além de tecnologias e profissionais de TI, quando falamos de transformação digital, há um fator essencial: mudança de mindset. Não adianta adquirir ferramentas se a operação não utilizá-las da forma correta. A famosa orientação a partir de dados, ou como denominamos uma empresa data driven, é quando a ação só será realizada após uma minuciosa análise de dados seguindo os indicadores.
Quando falamos em digitalização, logo lembramos de soluções como: inteligência artificial, big data, machine learning ou mesmo um produto digital disruptivo. Mas, na verdade, o que dissemina e cria uma cultura tecnológica é a mudança de pensamento, e isso começa pelos C-levels e tomadores de decisão, indo até a ponta da operação.
Empresas como Uber, Spotify e Amazon são marcas conhecidas por nascerem no mundo digital, mas não continuariam liderando o mercado se não houvesse um senso de metodologia e adaptação. Essas companhias, além de estarem inseridas no digital, buscam inovação em outras empresas e hubs de inovação. A Samsung investe milhões de dólares todos os anos em startups com o intuito de fomentar novas soluções para o seu negócio. Por outro lado, sabemos o que aconteceu com o Yahoo! e o MySpace, por exemplo.
Transformação digital também passa pelo (re)posicionamento. A Magazine Luíza é um belo exemplo disso: passou de uma varejista tradicional que vendia fogões e outros eletrodomésticos para uma marca referência na bolsa de valores. Nos últimos 18 meses, a companhia adquiriu 18 empresas de diversos segmentos, dentre elas o Jovem Nerd, plataforma de comunicação Geek – o que mostra sua ambição e seu intuito de englobar diversos públicos à sua marca.
A pandemia escancarou uma realidade: temos muito a percorrer. Mas, como diz o ditado: “Antes feito que perfeito”. Se você não iniciou a transformação digital na sua empresa ou no seu local de trabalho porque acha que é uma tarefa complexo ou não tem domínio sobre o assunto, apenas comece (nem que seja com uma simples planilha) até que descubra suas dores e ações que podem saná-las, pois essa transformação vai além de tecnologia, profissionais e termos técnicos.
Conteúdo originalmente publicado em Tiinside.