A tecnologia é a base da transformação digital nas empresas, mas nunca seu foco. Se buscamos por soluções disruptivas, se queremos alcançar a tão sonhada inovação, precisamos investir, também, em uma mudança de perspectiva.
Uma estratégia de transformação digital engloba o modelo de negócios, a conexão entre stakeholders, a experiência do cliente, entre outros pontos-chave que culminam na geração de novos produtos, processos e oportunidades.
Nesse artigo, vamos apresentar 3 cases de transformação digital da Ateliware. Em cada um desses produtos, desenvolvemos não apenas uma nova solução, como também uma nova percepção de mercado. Afinal, somos mais do que um fornecedor de tecnologia. Somos um ateliê de software que transforma e descomplica negócios, por aqui vemos a tecnologia como meio e não como fim.
O comportamento do mercado é influenciado pelo o que chamamos de Zeitgeist, palavra alemã que significa “Espírito do Tempo”. Esse estado de espírito responde à mudanças econômicas, políticas, sociais, culturais e tecnológicas.
Por isso, toda empresa que preza pela competitividade acompanha estas oscilações, adaptando-se rapidamente sempre que necessário.
Esse conceito explica porquê a transformação digital está tão em voga. A internet, a computação em nuvem e outras tecnologias estão modificando todo o nosso entorno. Atividades que, antigamente, eram bastante trabalhosas, hoje acontecem em apenas alguns cliques.
Embora a tecnologia seja a base da transformação digital, ela não é o seu foco. Na verdade, a estratégia da organização também tem um papel fundamental nesse processo. Afinal, não faz sentido adotar novas ferramentas e manter as mesmas práticas.
A transformação digital aciona ao menos uma destas 4 frentes:
1. Modelo de negócios, encontrando novas formas de atuação e novos modelos econômicos;
2. Conectividade, proporcionando engajamento em tempo real;
3. Processos, com foco na automação, agilidade e, principalmente, na experiência do cliente;
4. Analytics, implementando uma cultura de dados para melhorar tomadas de decisão.
Ou seja, temos aqui uma mudança de mindset - e não apenas uma troca de equipamentos.
Um estudo global da IFS revelou que 70% das empresas pretendem aumentar ou manter seus investimentos em transformação digital ainda em 2020. Essa predisposição é uma resposta à atual crise econômica, intensificada pela pandemia.
Tais empresas compreendem que a adoção de novas tecnologias pode mitigar os efeitos colaterais da crise, acelerando processos e poupando recursos.
Além disso, uma pesquisa da Harvard Business School mostrou que as instituições que investem em transformação digital tem uma margem melhor de ganhos brutos e líquidos.
De forma resumida, as principais vantagens da TD são:
- Redução de custos;
- Mais controle sobre processos;
- Diminuição de erros;
- Aumento da eficiência;
- Melhor atendimento;
- Mais agilidade nas decisões;
- Maior vantagem competitiva;
- Clientes mais satisfeitos.
Agora, vamos ao prato principal: os cases de transformação digital da Ateliware.
Ateliware é a junção das palavras “ateliê” e “software”. Isso quer dizer que construímos software e produtos digitais sob medida, de acordo com as necessidades específicas de cada demanda. Também quer dizer que não trabalhamos com produtos de prateleira, não vendemos soluções pré-prontas.
Desde o início desenvolvemos uma solução personalizada para obter o melhor produto a curto e longo prazo. Compreendemos o contexto e, para isso, atuamos em todas as suas partes, do plano de negócios à seleção da melhor tecnologia.
Os cases abaixo exemplificam bem nosso modelo de atuação, e mostram como a transformação digital vai além do desenvolvimento de um software.
Em 2017, a Barigui Cia Hipotecária estava se preparando para lançar a Bcredi, uma fintech do mercado imobiliário. Num primeiro momento, a própria startup estava desenvolvendo seu sistema base, mas, com o passar do tempo, sentiu necessidade de recorrer a um fornecedor externo - e foi aí que entramos na jogada!
Após um mês de assessment, período de análise e entendimento do produto, avaliamos tudo o que havia sido construído e concluímos que seria muito mais simples, rápido e efetivo começar uma nova aplicação do zero.
A Bcredi, até então, utilizava um sistema antigo, de serviço web, que gerenciava e armazenava os dados da operação. Esse sistema não apresentava resultados em dashboards e gráficos, além de complicar a extração de dados para a análise.
Desenvolvemos, então, um produto customizado, utilizando linguagem Elixir(uma opção rápida e eficiente), framework Phoenix e armazenamento de Big Data em Google BigQuery, que permite análise interativa de conjuntos de dados em massa e automatização. Também utilizamos o Kubernetes como sistema de containers open-source para implantação, dimensionamento e gestão da aplicação.
O MVP deste produto foi cocriado em 6 meses, envolvendo nossa equipe de design e desenvolvimento, e profissionais da Bcredi. Dessa forma, a fintech pode dar sequência ao produto de forma independente após a entrega da solução.
Segundo Maria Teresa Forneáveis, Co-Founder & CEO da Bcredi, “o grande triunfo da ateliware está não só na qualidade técnica, mas também em ter uma visão holística muito clara de como começar um negócio com tecnologia. As provocações da ateliware fizeram toda a diferença e o pontapé inicial da Bcredi não seria o mesmo sem a participação deles.”
A minestore foi o primeiro produto concebido pela Ateliware. Trata-se de uma plataforma SaaS de e-commerce que é, ao mesmo tempo, prática e robusta, possui um backoffice muito bem estruturado para aguentar grande volume de dados, e é escalável.
Além de atender milhares de lojistas que já operam online, a plataforma facilita a adaptação dos comerciantes que ainda estão migrando para o comércio eletrônico.
Criada em 2014, nasceu como o objetivo democratizar o e-commerce. Tudo foi pensado para que o lojista pudesse vender mais e de forma simples, sem complicações.
“A minestore destaca das demais ofertas de e-commerce do mercado, pois entrega uma solução robusta do ponto de vista técnico, intuitiva e muito fácil de usar”, explica Peterson F. dos Santos, Founder & CEO da Ateliware.
No desenvolvimento da minestore, utilizamos como linguagens e ferramentas o Ruby on Rails, Kubernetes, Docker e Elasticsearch.
Hoje, a minestore é a plataforma de ecommerce oferecida pela GetNet, uma empresa do Grupo Santander, especialista em pagamentos eletrônicos.
“Enquanto ainda era um produto interno, mais de 100 mil lojas e milhões de produtos foram gerenciados pela minestore. Na época, a responsabilidade foi grande! Mas, agora, temos muito orgulho em ver mais um produto fundado dentro da Ateliware Software se tornar um case de tanta relevância no mercado, ao ser oferecido em parceria com a Getnet”, comenta Peterson F. dos Santos, Founder & CEO da Ateliware.
Atualmente, encontramos muitos sistemas de gestão de processos no mercado, mas isso não quer dizer que as soluções encontradas sejam fáceis de utilizar. Esse foi o principal desafio do Pipefy: criar uma plataforma de fácil entendimento e que realmente simplifique a gestão das empresas.
O desenvolvimento do Pipefy é um case curioso! Em 2015, o Alessio Alionço estava prestando uma consultoria de vendas para a minestore. Naquela época, ele utilizava uma plataforma de automação para otimizar tarefas do dia a dia, como o disparo de e-mails e captação de leads. Entretanto, a ferramenta não era satisfatória.
No mesmo período, fizemos um curso da Academia Brasileira de Kanban e percebemos que poderíamos tornar a gestão de processos ainda mais eficiente e visual. Nisso, surgiu a ideia do Pipefy!
O resultado dessa cocriação foi uma plataforma que permite o gerenciamento enxuto de maneira facilitada, aprimorando a agilidade, a eficiência e a otimização de fluxos de trabalho. Com a tecnologia desenvolvida, qualquer um pode assumir o controle de seu trabalho diário com uma solução capaz de descomplicar e automatizar qualquer processo do negócio.
Um dos grandes diferenciais deste produto é que, em apenas 3 meses, chegamos a um MVP extremamente funcional e bem resolvido. Para obtê-lo, seguimos uma metodologia própria: realizamos pequenas entregas em ciclos curtos, com o objetivo de liberar o quanto antes uma versão eficaz.
Nesse curto período de tempo, o Pipefy já havia conquistado 3 clientes, o que possibilitou sua aceleração no Vale do Silício pela 500startups. O produto foi, então, transformado em um negócio.
A partir daí a plataforma cresceu rapidamente como uma das melhores soluções do mercado para gerenciar processos de negócios e automação. Hoje, o Pipefy é usado em mais de 150 países por empresas líderes como Accenture, Visa, GE, Volvo, AB InBev e Telefônica.
“Encontrei na Ateliware mais que um fornecedor, um parceiro. A parceria é tão profunda que a Ateliware é co-fundadora do Pipefy e fez nada menos que colocar o MVP do produto de pé, permitindo alçarmos vôos mais e mais altos”, conta Alessio Alionço, Fundador e CEO do Pipefy.
Ao longo de 9 anos de atuação, ajudamos nossos clientes a construir soluções de tecnologia com uma abordagem orientada ao design. O sucesso de nossas entregas é resultado da constante evolução de nossos processos. Mergulhamos de cabeça em cada novo desafio para desenvolver softwares personalizados, junto com o cliente, soluções que geram valor e fazem diferença a curto e a longo prazo. Essa forma de trabalhar é o que nos torna mais do que um simples fornecedor de tecnologia.
Design Emocional, Donald Norman
O mundo codificado, Vilem Flusser
Transformações digitais no Brasil, McKinsey.